Um pouco de atraso não faz mal a ninguém | Arquitetura de Informação

Um pouco de atraso não faz mal a ninguém

Posted on dezembro 21, 2010 by Fabricio Teixeira

Este excelente post traz dois casos interessantes onde os desenvolvedores adicionaram um atraso proposital a determinado sistema para melhorar a percepção que as pessoas tinham sobre ele.

O primeiro caso é o das máquinas Coinstar.

“Coinstar é um ótimo exemplo. A máquina é capaz de calcular o troco quase instantaneamente. No entanto, durante os testes a empresa percebeu que os consumidores não confiavam muito na máquina. Eles achavam impossível que uma máquina contasse as moedas com tanta precisão em uma velocidade tão rápida. Preocupada com a desconfiança das pessoas, a empresa começou a repensar a experiência do usuário. A solução foi simples: a máquina continuava contando o troco na mesma velocidade, mas mostrava os resultados em um ritmo muito mais lento. Na verdade, o som do troco percorrendo o interior da máquina era apenas uma gravação tocada através de uma caixa de som. Alterar a experiência do usuário para atender às expectativas ajudou a aumentar a confiança dos consumidores no esforço necessário para cumprir a tarefa.” (daqui)

O segundo é sobre o Blogger.

“Participei de um workshop de redesign do Blogger em 2004, quando Jeff Veen da Adaptive Path e Douglas Bowman do stopdesign.com falaram sobre suas experiências redesenhando o Blogger. Uma das coisas que eles perceberam em testes com usuários foi que quando eles clicavam em “Criar meu blog” na última etapa do processo, eles ficavam confusos com a rapidez com que o blog era criado. ‘É só isso? Deu alguma coisa errada?’ – perguntavam. Então eles adicionaram um passo intermediário que dizia ‘Criando seu blog…’, que não fazia nada a não ser mostrar um gif animado e esperar alguns segundos antes de direcionar o usuário para a página ‘Viva, seu blog foi criado!’. Os usuários ficaram muito mais satisfeitos com a experiência que demorava mais.” (daqui)

Segundo o autor do post, “ter que adicionar atrasos à interface é completamente equivocado”. Isso porque, segundo ele, o sistema está se adaptando a um modelo mental incorreto que os usuários têm, e nada está sendo feito para mudar isso. Para ele, a honestidade deve sempre vencer a desonestidade – tanto que o Blogger já retirou do ar esse atraso na hora de criar um blog.

E você, o que acha? Vale a pena adicionar um atraso intencional em uma interface para valorizar o sistema? Vale uma pequena “mentira” para aumentar a sensação de confiança que os usuários têm no seu produto? Comente e compartilhe 🙂

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