O tempo que se perde perdendo tempo
Posted on fevereiro 22, 2010 by Fabricio Teixeira
Esse é o nome de uma nova série de vídeos que a revista Superinteressante lançou esses dias em seu canal no YouTube. Nos vídeos, um cronômetro mostra quanto tempo perdemos em pequenas tarefas rotineiras que, somadas, acabam tomando um tempo considerável do nosso dia. Interessante que muitos dos exemplos têm ligação direta com a usabilidade do objeto, interface ou sistema que foi desenhado.
Ainda hoje li um artigo do Marco Gomes no Webinsider que questionava o quanto a evolução dos gadgets os transformou em objetos complicados e muitas vezes prolixos. O artigo cita exemplos de gadgets que, ao adquirirem novas funcionalidades, foram ganhando também novos botões, atalhos e funcionalidades que acabaram deixando de lado a simplicidade de uso que possuíam em sua essência.
Segundo Marco Gomes: “Quem treme um pouco ou não enxerga bem não pode usar este aparelho.”
Um dos exemplos do artigo é o dos telefones. “Havia um disco, você tirava o fone do gancho, girava o disco na sequência de discagem, a ligação acontecia. Hoje precisamos desbloquear o aparelho e abrir a aplicação ‘telefone’. Muitas vezes nos digladiamos com um touch-screen que nem sempre se comporta como esperamos. Além disso, é preciso ter muito cuidado para não interromper a ligação ao esbarrar em microbotõezinhos escondidos em todos os lados.”
O caixa eletrônico do meu banco, por exemplo, sempre pede que eu insira e retire o cartão para iniciar. Só depois disso é que a máquina percebe que meu cartão possui chip e pede que eu o insira novamente e mantenha na leitora para continuar. Oi?
Quanto tempo estamos fazendo nossos usuários perderem? Será que estamos observando corretamente o contexto de uso de nossas aplicações?
Ou ainda, como questiona Marco Gomes em seu artigo: “Estamos ficando mais estúpidos pra projetar as interfaces do dia-a-dia?”
viaO tempo que se perde perdendo tempo | Arquitetura de Informação.