“Digital Analytics” no SEEDCast

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Hoje tive a oportunidade de ir a mais uma excelente palestra, através do projeto SEEDCast, se você não conhece o projeto Seed venha por aqui: http://seed.mg.gov.br/

A palestra começou sem enrolarão e já foi pegando direto no ponto “A mensuração de resultados é vital para qualquer empresa em busca de crescimento”.

Mas o mais impressionante é que a imensa maioria das Startups limita a sua mensuração de resultados online ao Google Analytics e, no máximo, alguns outros softwares semelhantes.

O GA é só a ponta do iceberg. Limitar-se a ele é ignorar a valiosa oportunidade de mensurar dados estratégicos de várias outras ferramentas de Digital Analytics.

Para quem não conhece Rafael Damasceno, o mesmo trabalha com Marketing Digital desde 2005, já tendo atuado ajudado inúmeras empresas em dezenas de mercados diferentes, dentro e fora do Brasil.
E é co-fundador da Supersonic, a primeira empresa brasileira totalmente focada em Otimização de Taxa de Conversão.

Abaixo venho falando um pouco sobre os conceitos listados e claro como sempre deixando para vocês alguns drives para analisar.
Esse texto foi baseado nas minhas anotações da palestra, por isso serve apenas como uma referência e introdução ao assunto.

O que devemos entender primeiro:

“O google analytics é diferente de web analytics e digital analytics”

Um pouco de Historia:

Nos primórdios da analise de resultados web o que era importante eram os HITS , ou seja a analise básica de trafego dentro do seu site.
Entretanto hoje o termo HITS virou sinônimo (e uma piadinha entre profissionais da área)
HITS – How Idiots Track Success – como idiotas acompanham/mensurão o sucesso.

Depois disso vieram as ferramentas Clickstream, que ajudavam os gestores a entender o fluxo de navegação dentro do site.
O GA é uma ferramenta que é baseada neste modelo, apesar de possuir diversos outros recursos e estar evoluindo constantemente.

Modelo Web Analytics 2.0:
Ao que parece desenvolvido (vamos colocar compilado em um livro) por Avinash kaushik (http://www.webanalytics20.com/)
é o modelo que vem fazendo sucesso e colocando o mercado em movimento, abaixo estão alguns pontos (mas não todos) que o livro aborta e algumas considerações.

1 – Clickstream
2 – Analise de resultados múltiplos
3 – Experiências e testes
4 – Voz do consumidor
5 – Inteligência competitiva

1 – Clickstream

Boas ferramentas:
– Omniture
– Webtrends
– Yahoo webanalytics

Alguns conceitos …

Formas comuns de instalação:
– Javascript no código do site
– Instalação no servidor (para versões pagas)

E como isso funciona?
1 – Usuário faz busca
2 – Usuário acessa o site
3 – Navegado do usuário envia dados para servidores Google
4 – Os dados ficam disponíveis em relatórios

Erros e preguiças mais comuns

Confundir as Metricas
– Page view é diferente de
– Número de Visitas, que é diferente de
– Número de Visitantes

Exemplo:
Em um aceso a um site, onde o usuário navega em trés páginas a partir da home e depois sai para tomar um cafezinho o sistema computa:
3 Page view
2 Visitas
1 Visitante

Construtor de URL do Google
O google tem dificuldades e muitas vezes não consegue identificar de onde os usuários veem.
Por exemplo, o usuário que veio de um email marketing, ou que veio de redes sociais.
Em todas as campanhas você deve configurar de qual mídia o usuário vem e de qual campanha ele vem, através do construtor de URL’s.

Taxa de rejeição é diferente de Taxa de saída

– Taxa de rejeição é a % de usuários que abandonam o site sem interagir com sua página
Mas isso não quer dizer que seja uma taxa de rejeição literal (ele pode ler o conteúdo e não interagir)
Interação para o google é reload de páginas

– Taxa de saída é a % que viu a pagina e saiu.
É a página de fuga, por exemplo, o final de um carinho de compras.
Aqui você pode induzir o usuário a compartilhar o conteúdo (comprou este sapato? mostre para suas amigas no facebook) e/ou realizar outra ação.

Metas
Uma meta é atingida quando o usuário passa para um estado que você deseje.

Existem 4 tipos:
– URL (exemplo: Obrigado por enviar sua mensagem!)
– Tempo no site
– Numero de páginas
– Evento (por exemplo um formulário em ajax, o google tem dificuldade em entender isso)

2 – Analise de resultados múltiplos

Analytics é a descoberta e comunicação de dados com significado.

Por exemplo, a métrica de tempo de permanência no site (é uma métrica inútil)

KPI – Métricas importantes

Exemplos:
– Vendas
– Leads
– Cadastros
– Downloads

Como validar as boas KPIS, faça as perguntas:
– Por que eu existo (Core bussines)?
– É uma métrica fácil de entender?
– Mostra claramente o seus objetivos (vende mais, vende mesmos, o que acontece)?
– Mostrar retorno econômico?

3 – Experiências e testes

Caso:
A cada 100 visitas do meu site eu faço 2 vendas
ou seja minha taxa de conversão é 2%,
depois eu reformulo minha pagina e agora a cada 100 visitas eu estou fazendo 4 vendas
ou seja minha taxa de conversão agora é de 4%

Nesta pequena brincadeira você esta dobrando o faturamento
a ideia é tirar cada vez mais leite da mesma pedra

Conclusão:
Infelizmente as pessoas não testam …
A margem de erro para isso é muito grande

Caso:
Soft popup – Versão A vs Versão B

A versão B foi melhorada e cheia de bons conceitos de boas praticas, como usabilidade, acessbilidade etc
Mas a versão A gerou o dobro de acessos.

Conclusão:
Nunca façam uma mudança sem testar cientificamente, a sua opinião não interessa no marketing digital, por que somente um teste de verdade vai definir isso.

Tipos de Teste:

– Teste A / B – Versão A vs Versão B
– Teste multivariavel – SPLIT TESTE serve para saber qual melhor versão de componentes  individuais é mais eficiente dentro de uma pagina

Ferramentas para isso:
– Visual webotimizer
– Eptimizelly
– Unbonuce
– Além do GA

Nota: Cuidado com testes idiotas (tipo mudar a cor do site ou de um botão), vc precisa de confiança estatística, sua opinião de cores não vale!

4 – Voz do consumidor

The truth is out there –  “A verdade esta lá fora” – Referência a Arquivo X

Quem tem a resposta para o seu problemas não é você nem sua equipe, e sim o seu cliente.
Interação com sua página …

Google analytics não vai lhe mostrar a interação no seu site (ele é uma ferramenta clickstream)

Ferramentas para isso:
– Crazy Egg
– Heatmap
– Acrollmap

– Google Internal Search – mostra quais termos as pessoas buscam no site e nos que elas estão interessadas.
Além disso:
– Ajuda a pensar na arquitetura da informação correta para seu site;
– Fala o que as pessoas buscam de verdade no seu site, podendo você decidir abrir mercado para isso ou não.
– Mostra como os clientes chamam/entendem o seu produto, refrigerador ou geladeira

– Chats
– Olark
– Zopim
– Live chat

Analise as duvidas mais frequentes, para cada cliente que pesquisou algo, você pode deixar mais claro para o seu cliente as informações.
Além disso se você atende bem, isso pode ser tornar uma conversão por bom atendimento.

– Pergunte qualquer coisa
– Survey Monkey
– Survey Money

– Você pode pedir avaliações do site.
– Como esse site poderia ser melhor para você?
– Dados demográficos (as ferramentas nem sempre acertam)
– Saber quais são os concorrentes? pergunte para eles você pode descobrir outras concorrentes que não conhecia

Teste de usabilidade
Coloque as pessoas para usar o site
Referencia ao famoso livro – Não me faça pensar – de Steve Krug

Prioridades de um teste:
– Seu usuário
– Seu publico alvo
– Qualquer pessoa
– Profissionais de UX

5 – Inteligência competitiva
– Toolbar
– Painéis (tipo ibope)
– Ferramentas de busca (insights)

6 – Social Media (bônus)

Antigamente:
– Criação de conteúdo
– Distribuição de conteúdo
– Consumo de conteúdo

Hoje:
– Caos

Redes sociais convertem mal?

Cuidado – usuário conhece pela rede social e busca no google e tem acesso direto e e depois vem a conversão.

Fique de olho no funis multicanal para entender da onde vem as vendas.

O que monitorar?

Na cabeça das pessoas você deve monitorar a marca, mas isso é a ponta do iceberg, você deve avaliar o seu mercado como um todo.

Eu não quero saber somente o que as pessoas falam da minha geladeira.
Eu quero saber de tudo de todas as geladeiras.
Se eu avalio somente a minha marca eu não consigo perceber isso

* Obviamente fazer isso sozinho sem uma equipe é quase impossível.
– Startup Zahpee

Dashboard Centralizado
– geckoboard

Ficamos por aqui com as anotações, de qualquer forma quer bater um papo?
Comente ou entre em contato, será um prazer discutir novas ideias.
Abraços.

Diagnosticando e otimizando equipes

Equipe Disfuncionais

Equipes Funcionais

Tive acesso a um pequeno estudo realizado sobre gestão de equipes, apesar de falar sobre equipes de desenvolvimento de software, acredito que ele possa ser aplicado em diferentes tipos de equipe.
Em publicações recentes em seu blog, Esther Derby apresentou dois mapas mentais que sistematizam os efeitos positivos que as equipes funcionais podem gerar sobre organizações a que pertencem.

Link: http://www.estherderby.com/2012/03/the-team-effect.html

Derby mostra também os efeitos devastadores gerados pela existência de equipes disfuncionais.

Link: http://www.estherderby.com/2012/03/struggling-team.html

A autora mostra como diagnosticar equipes, e começa questionando:

Tanto para as pessoas quanto para as organizações envolvidas, uma equipe disfuncional gera impactos financeiros e perda de qualidade. Mas quais são os benefícios quando os times realmente se formam? O que ganham as organizações quando as equipes prosperam?

Para responder a essas perguntas, Derby organizou as informações em mapas mentais, através do agrupamento de itens mais amplos, de primeiro nível, seguidos de um conjunto de eventos associados. Estes últimos representam as causas e os seus efeitos colaterais sobre as pessoas e as organizações.

No primeiro mapa, pode-se identificar que as equipes funcionais apresentam conflitos saudáveis (item mais amplo) e, por essa razão, o tratamento dispensado aos problemas é sempre proporcional à sua gravidade. Dessa forma, as questões do conflito não consomem energia desnecessária; e o benefício para as organizações está no fato de que mais tempo é investido nas atividades que realmente geram valor.

Em um comentário sobre os posts de Derby, Paul Jackson ressalta que através dos mapas pode-se facilmente medir a maturidade de uma equipe. Ele destaca que a sua própria equipe possui muitas das mesmas características comportamentais, embora não apresente certas habilidades técnicas indicadas.

Os mapas de Derby podem efetivamente ser utilizados para diagnosticar a situação de uma equipe e obter uma visão mais objetiva de seus pontos fortes e suas fragilidades, bem como entender quais benefícios ou malefícios estão sendo causados às organizações a que pertencem.

Uma possibilidade de análise está representada na tabela abaixo. Nela, foram selecionadas características das equipes (as linhas da tabela), que são transversais aos dois mapas. Isso é feito para realizar uma equiparação dessas características tanto para as equipes funcionais quanto para as equipes disfuncionais (colunas da tabela). Através dessa análise, pode-se contrastar mais claramente as duas condições que uma equipe pode se encontrar.

Características Equipes funcionais O que ganham as organizações Equipes disfuncionais Onde as organizações perdem
Dinâmica de tomada de decisões Apresentam mais atenção aos processos do próprio grupo. Decisões mais rápidas e de maior qualidade; mais pessoas participam da tomada de decisão, gerando menos gargalos. Maior necessidade de intervenção gerencial. Necessidade de supervisão constante, danos à reputação dos gestores, conflitos arbitrários.
Situações de conflito Conflitos, inevitáveis nos projetos de desenvolvimento de software, são saudáveis à dinâmica da equipe. Tratamento proporcional à gravidade dos problemas. Mais trabalho dedicado para atividades que realmente geram valor. Conflitos são improdutivos e ocasionam um aumento de estresse no grupo. O aumento do estresse pode causar problemas de saúde e, consequentemente, aumento nas despesas com funcionários, bem como ausências ao trabalho e baixa na produtividade.
Envolvimento das pessoas com o projeto Todos se sentem responsáveis. Existe um sentimento de “nosso trabalho” em oposição à existência de atividades individuais. Todos podem contribuir, as boas idéias prevalecem, os menos experientes tem chance de evoluir e, por fim, o trabalho é completado com maior velocidade. Prevalece a falta de engajamento, o cinismo e a inércia dos membros da equipe. Perda de vantagem competitiva para as organizações, gerada pela alta rotatividade de pessoas e pela criação de poucas soluções originais.
Qualidade das entregas Há mais atenção à excelência técnica. Existe mais atenção à excelência técnica, bem como orgulho com o trabalho realizado e a livre iniciativa para ocorrência de retrospectivas técnicas. Dessa forma, a qualidade do código aumenta e os erros são encontrados rapidamente. Como resultado, tem-se um menor custo para modificação do sistema. Recorrência de resultados decepcionantes. É comum o não cumprimento de datas acordadas, gerando perda de oportunidades e de lucratividade para a organização. Há baixa qualidade do software desenvolvido, que em geral se associa à insatisfação de clientes e à perda de novas vendas.

Como exemplo dessa análise, pode-se considerar o comportamento das equipes com relação à sua dinâmica na tomada de decisões (primeira linha da tabela). Nesse caso, as equipes funcionais irão apresentar maior atenção aos processos do próprio grupo, enquanto que as disfuncionais irão ter maior necessidade de intervenção externa, geralmente por parte de um gerente. Os benefícios ou malefícios para as organizações, para as duas situações, encontram-se indicados na tabela.

Segue anexo também, o mapa completo referente às características das equipes disfuncionais traduzidos.

Conclusões

Os mapas mentais de Derby representam um guia prático para se entender e diagnosticar a qualidade e a eficácia de uma equipe. Isso pode ser realizado através da observação constante do time e da comparação de seu comportamento aos sintomas indicados nos mapas. Seja através da geração de clientes satisfeitos, da conquista de novas vendas ou da redução de custos, pode-se concluir que a sucesso das equipes representa papel central nas organizações. Um diagnóstico bem embasado de equipes, e a realização das correções de rumo necessárias, pode significar o sucesso ou o fracasso de projetos ou empreendimentos inteiros.