A natureza pervasiva da tecnologia | Arquitetura de Informação

A natureza pervasiva da tecnologia

Posted on dezembro 17, 2009 by Fabricio Teixeira

Confesso que o assunto deste post pouco tem a ver com Arquitetura de Informação. Mas tem muito a ver com a forma que a tecnologia tem influenciado a natureza humana e transformado seu comportamento perante ela. Em uma busca por “tecnologia pervasiva” acabei encontrando o vídeo abaixo, que capta os olhares de crianças enquanto elas assistem televisão – nesse caso ao filme “Dumbo”, da Disney. Apesar de estarem em um ato rotineiro, suas expressões são um tanto quanto febris. Quem trabalha com captura de imagens de testes de usabilidade talvez já esteja familiarizado com esse tipo de expressão, mas foi um recorte bastante novo para mim. O curta, chamado Evidence, já é por si só uma belíssima obra de arte, feita pelos mesmos produtores de Koyaanisqatsi.

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Se o meu mouse falasse | Arquitetura de Informação

Se o meu mouse falasse

Posted on julho 23, 2010 by Fabricio Teixeira

No último dia 20 o Google obteve uma patente para “relevância de busca orientada pelo cursor do mouse” (Cursor-Driven Search Relevancy). A ideia é monitorar o movimento do ponteiro do mouse para entender o que é mais ou menos relevante no conteúdo de uma página. Com base nisso, segundo o Google, é possível ser mais certeiro na hora de classificar a relevância dessas páginas em uma busca.

O argumento do Google é que normalmente o usuário move o ponteiro do mouse para a região da página onde está a informação procurada – ou pelo menos próximo a ela. E se o usuário está lendo o conteúdo, existe a tendência do mouse estacionar ali por um tempo. No fim, esses pequenos movimentos do mouse durante a navegação podem se tornar insumo para avaliar o interesse ou desinteresse do usuário por determinado conteúdo da página.

Segundo a empresa, esse tipo de métrica ajuda ainda a resolver o problema do atual click-through rate, já que os usuários não necessariamente precisam clicar em um link para obter a informação que estão procurando – ela pode já estar visível na página.

Na prática, significa que o Google agora pode monitorar o seu mouse.

Pausa dramática.

Nada foi anunciado quanto à implementação desse monitoramento. Mas é fato que o Google está investindo em avanços para suas tecnologias de buscas (vide o Google Caffeine e a recente aquisição da Metaweb), uma vez que o market share do Yahoo! e da Microsoft vêm crescendo nos últimos meses.

E então, o que você acha?

Inteligente? Overrated? Sensato? Promissor? Futurista?

E no iPhone? E no iPad? E quando o mouse acabar?

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O sucesso do Craiglist | Arquitetura de Informação

O sucesso do Craiglist

Posted on julho 20, 2010 by Fabricio Teixeira

O Craiglist é um site de classificados online norte-americano onde se compra/vende/troca de tudo. Desde 1995 ele possui o mesmo layout e a mesma arquitetura de informação, e hoje conta com mais de 60 milhões de visitantes únicos por mês.

Não é o que se possa chamar de “referência em usabilidade”, não é mesmo?

Veja abaixo algumas curiosidades do site:

Observando esses números dá para ter uma ideia do sucesso da ferramenta dentro do país. Será que caso o site fosse reformulado esses números seriam ainda maiores?

Se a Arquitetura de Informação do site é boa ou ruim, deixo aberta a discussão aí na caixa de comentários. Mas que refazer esse site seria o job dos sonhos de muito arquiteto, isso não dá pra negar.

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Mitos, conservadorismos e outras bobagens | Arquitetura de Informação

Mitos, conservadorismos e outras bobagens

Posted on julho 5, 2010 by Fabricio Teixeira

“Construa seu website baseado em evidências, não em falsas crenças!”

É esta a frase que apresenta o site UX Myths, um blog que se propõe a desvendar mitos e confusões recorrentes quando se fala de Arquitetura de Informação ou User Experience. Os autores, dois arquitetos de informação húngaros, já escreveram uma lista bem interessante.

Myth Busters do UX

Abaixo os meus prediletos:

Mito #2: todas as páginas devem ser acessíveis com 3 cliques

Provado em testes de usabilidade: um site com menos cliques não faz o usuário mais feliz e não necessariamente é percebido como mais rápido. Mais importante é garantir que, a cada novo clique, o usuário esteja mais distante dos caminhos que ele NÃO deseja percorrer.

Mito #3: as pessoas não rolam a página

Nos anos noventa isso fazia sentido. Agora não mais. Você não precisa espremer tudo acima da rolagem, porque as pessoas já aprenderam a descer: vide UOL, Globo.com, Flickr, Twitter. É claro, tenha sempre em mente que o conteúdo que fica acima da rolagem tem mais chances de ser visto do que as notas de rodapé.

Mito #12: mais escolhas e funcionalidades resultam em uma maior satisfação

Quanto mais possibilidades o site dá ao usuário, mais complicada é sua interface. Estudos mostram que muitas escolhas podem causar a tal “paralisia de decisão” – além de uma grande frustração, é claro.

Mito #19: você não precisa do conteúdo para desenhar um website

O tal lorem ipsum (que pode atrapalhar sua vida) ainda é um dos recursos mais utilizados pelos designers ao simular conteúdo. O problema é que ele pode criar a ilusão de que o conteúdo é secundário em lugares onde ele deveria ser rei. Segundo o site, uma página com estrutura simples e conteúdo de qualidade performa muito melhor nos testes de usabilidade do que um layout bacana com vários parágrafos de texto.

Mito #20: se funciona para a Amazon, vai funcionar para você

Quem trabalha com isso cansa de ouvir gente pedindo para usar de referência algum recurso da Amazon. Legal, eles têm excelentes features em seu site. Mas não é tudo que funciona em qualquer lugar – vide o exemplo os “costumer reviews” que ainda engatinham tanto no Brasil.

Vamos aguardar para ver o que mais aparece por lá.

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O que não é User Experience Design | Arquitetura de Informação

O que não é User Experience Design

Posted on julho 2, 2010 by Fabricio Teixeira

Whitney Hess, em seu primeiro post para o Mashable, lista dez pontos que normalmente as pessoas confundem ao tentar definir o papel do UX Designer dentro do processo de criação de websites.

Segundo Hess, UX Design não é…

…User Interface Design.

A expressão é parecida, mas pode confundir. O desenho da interface é apenas um dos componentes, enquanto o UX Design diz respeito à experiência do usuário como um todo.

…somente um passo no processo.

UX Design é o processo em si. O trabalho de ouvir o usuário e entender o que ele precisa deve ser uma constante em todo o projeto, e não apenas uma etapa. “User Experience Design não é um checkbox”, diz a UXD independente Liz Danzico.

…sobre tecnologia.

UX Design fala sobre como as pessoas vivem, se comportam e interagem com o mundo. Não deve ser limitado ao computador, nem às telas em que ele muitas vezes se materializa. A disciplina trata da interação das pessoas com produtos, objetos e sistemas.

…somente usabilidade.

A boa usabilidade é apenas uma das metas do UX Designer / Arquiteto de Informação. Nem tudo precisa ser absurdamente fácil de usar, desde que o uso seja fácil de aprender. Facebook que o diga.

…um culto ao usuário.

O usuário não é o único que precisa ficar satisfeito com o produto. Existem vários objetivos de negócios que precisam ser atingidos também. Uma das tarefas do UX Designer / Arquiteto de Informação é justamente encontrar esse meio termo entre as necessidades do usuário e as necessidades do negócio.

…caro.

Você não precisa perder nem dinheiro e nem tempo. É preciso ponderar se uma metodologia completa de user centered design cabe no projeto que você está desenvolvendo ou não. “Mas é totalmente possível fazer pequenas melhorias no projeto e no produto utilizando algumas técnicas de UX Design”, afirma o diretor da Meld Consulting, Steve Baty.

…fácil.

Não é porque você domina alguns métodos e entende as regras de negócio que você não terá dificuldades. Isso porque, na maioria das vezes, você não é o usuário final do sistema. Esse entendimento de quem ele é e do que deseja, por si só, já é uma tarefa e tanto.

…papel de uma pessoa ou departamento.

Não. Segundo a autora, departamentalizar a UX é sintoma de uma organização que não tem essa visão enraizada em sua cultura e onde não são todos os colaboradores que miram no mesmo objetivo.

…uma disciplina só.

O próprio Rosenfeld argumenta que UX sequer seja uma disciplina. “Talvez ainda não seja nem uma comunidade”, argumenta. Títulos não faltam: arquiteto de informação, user experience architect, designer de interação, engenheiro de usabilidade e por aí vai. São especializações diferentes para cada etapa do processo. “Mas não espere que seu cardiologista resolva seu problema no pé”, exemplifica a autora.

…uma escolha.

É claro que é mais natural pensar que seu produto não tem falhas e que você não precisa de um UX Designer. Afinal, ter falhas não é o objetivo de nenhum produto ou produtor. Ainda assim, muitas empresas ainda pensam que uma boa experiência é apenas um diferencial, e não uma necessidade básica.

Gostei e resolvi referenciar aqui. É o tipo de checklist que os AIs e UXDs deveriam compartilhar na empresa onde trabalham 🙂

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Tamanho é documento | Arquitetura de Informação

Tamanho é documento

Posted on junho 29, 2010 by Fabricio Teixeira

Muita gente afirma que uma tela maior é sinônimo de uma experiência mais confortável para o usuário. E pouca gente se lembra que uma tela maior significa também uma experiência mais ágil, na maioria dos casos.

Foi isso que o pessoal da Bolt Peters, uma empresa de pesquisas de San Francisco, resolveu calcular: quanto tempo o usuário ganha interagindo no iPad em relação ao iPhone? O resultado você confere no vídeo abaixo:

(Se você está lendo este post via RSS, veja o vídeo aqui)

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